O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã não excluiu a possibilidade de suspensão da adesão de Teerão ao Tratado de Não Proliferação ou a decisão de expulsar os inspetores da AIEA em resposta ao impulso do Parlamento Europeu para colocar a IRGC na lista negra.
Em entrevista concedida no domingo, Hossein Amirabdollahian atacou o Parlamento Europeu pela sua decisão “emocional” de forçar a União Europeia a designar o Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) como uma “organização terrorista”.
Questionado sobre a possível decisão retaliatória do Irã de se retirar do TNP ou banir os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica, ele disse: “Alguns líderes políticos europeus não têm experiência no campo da diplomacia e só assumiram o comando do órgão diplomático hoje, incluindo o ministro das Relações Exteriores da Alemanha. Se eles não tomarem o caminho da racionalidade e não conseguirem retificar suas posições, qualquer possibilidade poderia ser considerada.”
O ministro das Relações Exteriores também descreveu o projeto de lei do Parlamento iraniano que designaria as forças militares europeias como organizações terroristas como uma ação de retaliação, dizendo que a decisão implicará “mudanças de longo alcance e impactos significativos na formação militar das forças militares na região”.
Em declarações proferidas durante uma reunião parlamentar no domingo, o presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Baqer Qalibaf, alertou para a rápida ação de retaliação contra o plano do Parlamento Europeu de colocar a IRGC na lista negra, afirmando que o Irã vai designar os exércitos dos Estados europeus na região como organizações terroristas.
O comandante do Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica advertiu os europeus de que terão de sofrer as consequências da repetição dos seus erros passados.