Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Bielorrússia, Sergey Lavrov e Sergey Aleinik, assinaram uma declaração conjunta sobre as prioridades da política externa comum.
A cerimónia aconteceu após as conversas entre os diplomatas do alto escalão dos dois países.
Lavrov destacou em uma conferência de imprensa conjunta que as partes estavam bastante satisfeitas com o resultado das negociações. “Continuaremos mantendo contacto diário próximo. Como já disse, os nossos ministérios vão realizar uma reunião conjunta no outono”, disse ele.
A Rússia está pronta para examinar propostas de países africanos e latino-americanos para resolver a crise atual na Ucrânia, disse Lavrov na quarta-feira em uma conferência de imprensa após as conversações com seu homólogo bielorrusso Sergey Aleinik.
“[O Ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso] Sergey [Aleinik] recordou que havia outras iniciativas – … uma iniciativa brasileira e uma iniciativa do presidente sul-africano”, afirmou Lavrov.
“Em ambos os casos respondemos a iniciativas de amigos latino-americanos e africanos que estávamos prontos para considerar qualquer uma de suas propostas que foram motivadas por um desejo sincero de ajudar a estabilizar a ordem mundial. Mas até agora, ao contrário de nossos vizinhos chineses, não vimos documentos sobre o assumpto nem dos brasileiros nem dos africanos”, acrescentou.
“Confirmamos nossa disposição de manter contactos sempre que eles estiverem interessados, pois é do nosso interesse entregar ao maior número possível de nossos parceiros em todos os continentes a lógica que se torna clara para um observador independente”, afirmou Lavrov.
O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa declarou em 16 de maio que os governos da Rússia e da Ucrânia concordaram em receber uma delegação africana, cujo objetivo é encontrar uma solução pacífica para o conflito ucraniano.
Ele acrescentou que havia discutido a possibilidade com os presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Vladimir Zelensky, que concordaram em receber a delegação africana em Moscovo e Kiev.