O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, reafirmou o forte apoio do Irã ao povo libanês e às forças de resistência contra as ameaças israelenses, expressando a disponibilidade de Teerã para construir usinas nucleares no Líbano.
Em discurso em uma conferência de imprensa conjunta com seu homólogo libanês Abdallah Bou Habib em Beirute na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Amirabdollahian, disse que exploraram as maneiras de promover a cooperação comercial, econômica e turística em consonância com o desenvolvimento e o progresso dos dois países.
O ministro das Relações Exteriores ressaltou que o Irã, que tem grandes capacidades tecnológicas, está preparado para construir as usinas de energia de que o Líbano precisa no âmbito de um acordo que será finalizado.
Apontando para um acordo que foi assinado durante sua última visita ao Líbano a fim de aliviar as dores e as pressões econômicas sobre o povo libanês, Amirabdollahian disse que foram feitos progressos na implementação do acordo.
Uma equipe técnica do Líbano viajou para o Irã a fim de pesar os planos de cooperação e fornecimento do combustível necessário para o Líbano, afirmou.
“Estamos prontos para honrar nossos compromissos no âmbito desse acordo com a visão de um forte apoio ao Líbano. Consideramos a segurança e o progresso do Líbano como segurança e progresso do Irã e da região”, acrescentou Amirabdollahian.
“A República Islâmica do Irã continuará a apoiar fortemente a resistência no Líbano e na Palestina contra as ameaças e os atos grosseiros do regime sionista”, sublinhou.
No que diz respeito à situação no Líbano, Amirabdollahian disse: “Convidamos todas as correntes políticas do Líbano a agir para eleger um presidente no decorrer do diálogo. Acreditamos que as correntes políticas libanesas têm a experiência e a competência necessárias para escolher um presidente no menor tempo possível.”
Sobre as negociações entre a Síria e a Turquia, Amirabdollahian disse: “Estamos contentes com as negociações realizadas entre as autoridades sírias e turcas e saudamos o caminho para negociações e diálogo para a resolução de problemas entre esses dois países.”
Salientou também a necessidade de reforçar o formato Astana com o envolvimento da Síria, a fim de se concentrar em soluções políticas mais fortes entre Ancara e Damasco.
Apontando para as conversações para a aproximação com a Arábia Saudita realizadas em Bagdá nos últimos meses e à margem de uma recente cúpula na Jordânia, Amirabdollahian disse que Teerã e Riad concordaram sobre a continuação das negociações “com o objetivo de normalizar as relações”.
“Nunca começámos a cortar laços com nenhum país do mundo muçulmano, incluindo a Arábia Saudita”, sublinhou, acrescentando: “Saudamos a normalização das relações diplomáticas entre os dois países e a reabertura das embaixadas no âmbito das negociações que realizaremos.”